sexta-feira, 13 de março de 2009

Olga Benario Prestes


Às vezes fico pensando sobre o que a Olga passou. Ao mesmo tempo que me causa pensamentos tristes me vêem também pensamentos de alegria e orgulho por ter uma mulher como aquela na historia no Brasil.
Brasileira de coração.
Olga foi uma mulher que acima de tudo acreditava em um mundo melhor e não tinha medo da revolução.
Bonita, alta e de olhos claros marcantes, ela não se entregava ao sonho pacato de casar, ter filhos e viver uma vida normal. Ela queria mais e marido e filha foi só conseqüência.
E lá estava ela... conheceu Prestes, um líder comunista que despertou seu interesse. Lógico, como um homem de tamanha coragem e inteligência não seria atraente aos olhos dela e de qualquer uma?!
Quando tinham acabo de se conhecer enfrentaram uma viagem por diversos lugares belíssimos fingido ser uma casal em lua de mel.
Pronto! Estavam em uma quase lua de mel, duas pessoas bonitas, inteligentes e revolucionarias.
Surgiu amor fácil, fato.
Lutavam juntos pelos mesmos ideais e a harmonia era notável.
Como eles estavam lutando pela revolução comunista, isso era um perigo em tempos de Hitler e Getulio Vargas.
Após certo tempo de união descobriram onde o casal estava hospedado.
Invadiram a casa com ordens de já chegar atirando.
Quando encontraram Prestes, com roupas de cama, estavam prontos para atirarem nele, até que Olga, uma mulher grande e de presença fica na frente do Julio, o protegendo, e não faz um pedido e sim uma ordem quando ela fala: ‘’não atirem!ele está desarmado!’’
Os policiais,supressos,não atiraram em Prestes e nem em Olga, os levando em vida.
Como o carro estava cheio de policiais, Olga foi no colo de Prestes.
Fico imaginando a aflição que os dois deveriam está passando nesse momento.
Após descer do carro, Prestes entra no elevador e Olga permanece na sala e eles se olham pela última vez;
Getulio autoriza a volta de Olga a Alemanha.
Olga, comunista e Judia, é levada a prisão, e lá descobre que está grávida.
Depois de Olga ter sua filha, Anita, as duas são separadas.
Olga é mandando para o centro de concentração, ocorrendo sua morte.

Um comentário:

Bru Silveira disse...

Oi Thay. Bonito texto. Também faço essas reflexões...
Porém, tenho uma correção... Este, que foi companheiro da Olga, não era o Júlio Prestes (último presidente eleito da República Velha, que acabou não ocupando o cargo), mas sim o Luís Carlos Prestes (líder tenentista na década de 1920 e integrante do partido comunista).
Um abraço!