segunda-feira, 21 de junho de 2010

Naquela tarde

Me aproximei da cadeira, com passos firmes. Olhei em volta rapidamente, nenhuma alma viva, só os camaradas que hoje só se fazem presentes como antes. As arvores dançavam sendo conduzidas pelo vento leve que soprava ao som de Slippin do Quadron, que por sinal é uma boa música. O céu estava bonito. Era uma tarde agradável.

Sentei na cadeira. Fechei os olhos por um minuto, ajeitando os ósculos. Que sono eu estava sentido. Realmente aquele clima agradável era irresistível. Peguei um livro antigo e comecei a ler, nele uma tal de Thayse contava um romance. Banal, pensei.

Fui folheando até chegar à seguinte parte:


Eram dias lindos. Dias calmos, tranqüilos, com cheiro de amor quentinho. Não me incomodava saber que existe coisas sólidas, mas não tão sólidas. Nada na vida é solido. É tão bom pensar que isso é uma mentira ou uma verdade mal contata, ou talvez um trocadilho enrolado. Enrolado e ondulado como seus cabelos. Seus cabelos encantadores. Tão encantadores que já me peguei diversas vezes, em diversos cantos, pensando no meu Deus, que percebeu e achou que a solidão não seria mais a minha casa.

Minha casa, só por hoje, será seu sorriso.

Quero me perder nele, muitas vezes. Vezes incansáveis... Até eu perceber que de tão perdida eu me achei.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Por mim,

o Brasil só ganhava por causa da promoção da Tim. Enfim, existe pessoas que só lembram que são brasileiras em certas épocas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Para além...

Temos que lutar pelas nossas causas e também pelas causas que não são nossas. Temos que entrar nas massas, conhecer sua realidade e saber suas necessidades, para então defende-las, com unhas e dentes, se essa for coerente e para o bem coletivo.

Temos que fazer nossa opção.

Somos trabalhadores da terra. Plantamos sementes. Sementes que libertam e enraízam em terras secas. Para além...

Moção de Repúdio

Nós, enquanto estudantes de Biologia e militantes do Centro Acadêmico de Biologia da UFAL, vimos por meio dessa carta destacar nosso repúdio ao que está preste a acontecer com a restinga do nosso estado de Alagoas.

Como futuro biólogos e nos enxergando como protagonistas ativos necessários nessa sociedade tomamos como obrigação nos colocarmos claramente contra o que se está pretendendo fazer com essa Área de Preservação Permanente. O nome deveria ser auto-explicativo e subsidiar qualquer tipo de pretensão em cima dessa área, contudo, passa-se por cima mais uma vez do que é racional para o que é economicamente favorável para aquele que defendem esse megaempreendimento. Deve-se aqui ressaltar a importância do bioma restinga pontuando esferas em que ela é imprescindível.

Ecologicamente é um ecossistema único com espécies exclusivas tal qual (?) e que irão desaparecer gradualmente com a destruição de seu habitat. Há, portanto, um reflexo direto na perda da riqueza natural do estado, algo que destaca Alagoas mundialmente. Ou seja, a destruição de um dos bens mais preciosos inclusive com grande contribuição na economia do estado, a natureza, é um tiro no pé da população alagoana. Vale-se destacar que é um tipo de mata extremamente delicada e qualquer forma de manejo que não vise à preservação mas que vise lucros megaempreendedores fada esse ambiente aum fim terrível.

No âmbito das comunidades alagoanas que moram ao redor da restinga e têm acesso a mata, necessita-se, sim, de uma educação ambiental intensa, contudo, esta população tem interesse na manutenção daquele ambiente. Portanto, tais pessoas não irão extrair daquele ambiente até a última gota, como fazem os grandes interessados no lucro megaempreendedor mas sim tirar dela harmonicamente o que necessitam para viver.

Esclarecendo aqui que as App foram criadas para proteger o ambiente natural, o que significa que não são áreas apropriadas para alteração de uso da terra, devendo estar cobertas com a vegetação original. A cobertura vegetal nestas áreas irá atenuar os efeitos erosivos e a lixiviação dos solos, contribuindo também para regularização do fluxo hídrico, redução do assoreamento dos cursos d’água e reservatórios, e trazendo também benefícios para a fauna.


Ao se tratar da legislação que deveria proteger nosso meio ambiente, o código florestal, as restingas tinham sua segurança garantida nele, antes de reformas postas. Isso era devido a um item no artigo 2 que garantia sua preservação e dizia que as áreas de preservação permanente incluíam as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadores de mangues. Destacando que está em andamento outra mudança nesse código que diminui a percentagem obrigatória de manutenção florestal das APP e que cada estado terá de fazer sua lei de acordo com a determinação da lei nacional, que vai dar as direções e medidas e poderão redefinir as áreas de reserva legal em razão de suas peculiaridades regionais. Ou seja, de fato depois de mais uma manobra desresponsabilizando o governo federal, tais votos de minerva ficam nas mãos dos responsáveis aqui do estado.

Diante deste quadro estamos aqui para reivindicar a manutenção do que restou da restinga original de Alagoas não aceitando mais um absurdo megaeempreiteiro que pretende passar por cima, mais uma vez, da natureza em prol de interesses que nos parecem irracionais!

Parece que o dinheiro deixa alguns cegos, surdos e mudos. MAS NÃO DEIXA A GENTE, POR ISSO GRITAMOS, NÃO!

E PERGUNTAMOS, PARA QUE E PARA QUEM DERRUBAR A RESTINGA?

No dia que as árvores acabarem perguntaremos aos investidores se eles irão comer dólares no almoço!!!